Lillillah viu um garoto surgir do nada e ser atingido pela fera. Ela correu para onde jogou seu Ikihatsunukishi. Desesperada, quando ia pular no rio, o cristal reapareceu como se a água a devolvesse. Lillillah abaixou, pegou, acionou e atacou a criatura. A fera fugiu depois de um forte jato de água. Ela foi imediatamente até o garoto para socorrê-lo. O ferimento era muito grave. Lillillah conseguiu estancar a hemorragia e fez um scanner para saber mais a fundo a gravidade dos ferimentos. As análises dos dados falharam em algumas situações, como se não reconhecesse por completo a formação do corpo do menino desconhecido. Ela ficou assustada e o carregou para sua Unidade de Saúde Móvel (USaM). Lá, Lillillah tentou todos os métodos para fazê-lo sobreviver. Com muito trabalho conseguiu estabilizá-lo, sendo que sua recuperação demoraria um período, pois ele não era um nairiniano, que tem todo seu corpo mapeado.
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O garoto que surgiu do nada acordou assustado e tentou se levantar, mas não conseguiu devido à dor. Lillillah se aproximou.
— Está tudo bem?
— Onde eu estou?! Quem é você?! — perguntou o menino, muito amedrontado.
— Quem é você? Você não é um de nós.
— O que você está dizendo? Eu sou…
Ele não conseguiu se lembrar de onde era e qual era seu nome.
— Preciso sair daqui! Quero saber o que houve. Quem é você? QUEM SOU EUUU? — gritou o garoto, em pânico.
Lillillah pediu para ele se acalmar e lhe deu um sedativo. O garoto estranho apagou e Lillillah continuou com os estudos para saber de onde ele surgiu, como possuía um Ikihatsunukishi, como falava a língua deles sem ser um nairiniano e que objeto era aquele em forma de esfera de cristal que apareceu com ele. Ela já estava cheia de mistérios para desvendar sobre o passado nairiniano e agora surgiam mais mistérios envolvendo esse garoto desconhecido que não se lembrava de nada.
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Passou-se quase um período e o menino misterioso voltou a acordar. Parecia estar mais calmo e Lillillah foi até ele para tentar conversar.
— Olá, meu nome é Lillillah. Está tudo bem? Pode confiar em mim. Qual o seu nome, garoto?
— Eu, eu, eee… eu não me lembro. Onde é que eu estou?
— Você foi salvo por mim. Quase morreu quando foi atacado por uma fera selvagem. Um Oryxullan. Agora está tudo bem. Você está quase recuperado. De onde você é?
— Eu não sei. Não consigo me lembrar de nada — disse ele, olhando para o curativo em seu peito.
Lillillah pegou o Ikihatsunukishi no formato de um pequeno cristal vermelho e perguntou:
— Onde que você arrumou isso?
— Não sei! Já disse que não me lembro de nada. Isso é meu?
— Sim. Isso surgiu com você do nada, mas estava em forma de lança. Também estava contigo essa esfera estranha. Sei que vai responder a mesma coisa, mas você realmente não sabe o que são essas coisas e como conseguiu?
— Como já disse, não me lembro de nada.
Lillillah estava preocupada, pois ia ficar difícil mantê-lo escondido. Ela pensou num plano e sabia quem poderia ajudá-la. Então Lillillah o acomodou em sua Unidade de Saúde Móvel (USaM) e pediu para ele confiar nela, que o ajudaria a encontrar as respostas. Ele se manteve confiante mesmo estando com dezenas de incógnitas na cabeça sobre tudo que estava acontecendo e não lhe restavam opções a não ser confiar em Lillillah.
Eles decolaram e foram para a TERRA ABETTRATZ. Seguiram até a moradia de um amigo dela em quem depositava grande confiança. Ela foi recebida por Adritiff que disse:
— Se você está aqui então está com problemas. Entre!
— Obrigada! Sei que posso confiar em você. Preciso de um favor… Melhor, favores! — falou Lillillah, com um belo sorriso.
— Se acomode e me conte. O que houve dessa vez?
Ela explicou tudo que aconteceu desde que o misterioso garoto apareceu e também explicou sobre os Ikihatsunukishi que eles possuíam. Adritiff ficou surpreso e excitado com tudo, pois adorava se aventurar pelo proibido e arriscado. Ele era um ex-colaborador da TERRA CENTRAL e trabalhou no sistema central de tecnologia e desenvolvimento. Adritiff havia se cansado das regras do sistema e voltou para sua TERRA de origem. Ele tinha ido para TERRA CENTRAL bem novo, achando que seu futuro era lá, pois não tinha se adaptado à cultura e estilo de vida da sua TERRA natal.
Eles pegaram o garoto que não se lembrava de nada e o levaram para o laboratório de Adritiff no subsolo de sua moradia. O menino foi incluído no sistema de identificação da TERRA CENTRAL e de muitas outras TERRAS para, no caso de serem abordados, não levantarem suspeitas e serem presos. Adritiff era um verdadeiro hacker e um um gênio da tecnologia de Nairin. Ele havia desenvolvido a maioria dos sistemas atuais e corrigido todos os outros desenvolvidos bem antes dele. Depois de terminar os procedimentos, Adritiff pegou um dispositivo e injetou um chip no braço do garoto com amnésia.
— Tudo pronto. Seu nome será Drihee. Agora você é um nairiniano.
Adorei como o autor escreve e como é dinâmico os acontecimentos do livro.
O primeiro capítulo ficou ótimo.
Ate o Momento esta bem legal nao tenho costume de ler mas este esta me mantendo
Muito fácil de ler e entender