CAPÍTULO
9
ATRAÍDOS PARA ESCURIDÃO
— Chegamos — disse Lillillah.
Todos eles desembarcaram da USaM.
— Meu pai me disse que esse lugar já foi muito movimentado — disse Maigriyah, olhando para a paisagem desértica, onde a areia cobria boa parte da cidade destruída.
— Por que essa cidade foi destruída? — questionou Drihee.
— Nairin já quase foi extinto. Ele sofreu…
— CUIDADO! — gritou Mortrazha, interrompendo Lillillah.
— Serpentes da areia! — disse Lillillah, assustada.
Ela e Drihee ativaram os seus Ikihatsunukishi e se posicionaram para a defesa. Mortrazha e Maigriyah ficaram entre os Ikihatsunukishisen.
— Elas são enormes — disse Drihee, preocupado.
Lillillah atacou de forma precipitada uma das serpentes que estava indo na direção deles. Ela lançou um jato de água, mas foi muito fraco. O ambiente seco não era favorável para seu Ikihatsunukishi. Drihee lançou uma forte rajada de fogo que fez a serpente recuar. Outras foram na direção deles e mais uma vez Drihee usou seu Ikihatsunukishi, sendo que desta vez a sua rajada de fogo se transformou em um tornado, afastando as criaturas. Lillillah aproveitou e acionou a USaM remotamente levando-a até eles. Todos embarcaram e levantaram voo imediatamente.
— Se não fosse a desvantagem, eu teria derrotado aquelas serpentes — disse Lillillah, tentando demonstrar confiança.
— Não me lembro de ter essas serpentes quando vim até aqui com meu pai. Tem outras coisa nesse lugar que estão diferentes. Apesar de ter um tempo, era para estar do mesmo jeito — disse Maigriyah, reparando em algumas ruínas.
— Diferentes como? — questionou Mortrazha.
— Deixa para lá. Deve ser coisa da minha cabeça. Talvez seja por causa da presença das serpentes da areia. Elas devem ter alterado esse local. Mas o estranho é…
— É o que? — perguntou Lillillah, pois Maigriyah havia parado de falar.
— O estranho é como as serpente vieram parar aqui. Elas não são típicas desta região — disse Maigriyah, pensativa.
Boommm
— O que nos atingiu? — questionou Mortrazha.
— Não sei! Vou fazer um pouso forçado. Segurem-seee! — disse Lillillah, assustada.
Enquanto ela tentava manobrar, todos se apoiaram no que podiam. Lillillah fez o possível, mas eles se chocaram na areia violentamente. Drihee bateu a cabeça com força e apagou.
— Vocês estão bem? — perguntou Lillillah, tonta.
Mortrazha se levantou e ajudou Maigriyah a ficar de pé. Lillillah correu até Drihee, preocupada. Ela o analisou e viu que ele só desmaiou.
— Vamos sair daqui! As serpentes sanguinárias estão vindo — disse Mortrazha olhando para fora.
Ele ajudou Lillilliah a carregar Drihee e todos saíram correndo até a ruína de um edifício. A areia atrapalhava a corrida e Maigriyah viu que não conseguiriam se salvar. Ela parou e esperou o fim. Lillillah largou Drihee, ativou o Ikihatsunukishi e foi para a frente de Maigriyah. Ela tentava se manter confiante, mas no fundo estava desesperada, pois seu ataque não os livraria das serpentes que iam na direção deles, espalhando areia para todo lado.
De repente um tornado de areia surgiu e engoliu as criaturas. Uma tempestade se formou e atrapalhou a visão de todos.
— LILLILLAHHH — gritou Mortrazha, tentando enxergá-la.
Em pouco tempo a tempestade se dissipou. Lillillah olhou para trás preocupada e puxou Maigriyah pelo braço até Mortrazha e Drihee. As serpentes haviam desaparecido e alguém caminhava tranquilamente na direção deles.
— É ele! Bilbroowh. O Ikihatsunukishisen da areia! — disse Mortrazha.
O garoto se aproximou deles e disse:
— Dois Ikihatsunukishisen e não conseguem dar conta de umas serpentezinhas!
— O que faz aqui? Por que fugiu da última vez? — questionou Lillillah, irritada com o comentário dele.
— Não trabalho em equipe. Eu que pergunto: o que estão fazendo aqui?
— Você que tem…
— Estamos em busca de uma conhecida que desapareceu — disse Maigriyah, interrompendo Lillillah.
Elas trocaram olhares de desaprovação.
— Compreendo! Tenham sorte na busca. Agora preciso continuar com a minha. E parem de ir onde eu vou…
Bilbroowh viu algo acenando para eles. Era um cão Krittibrayah balançando sua cauda.
— O que ele quer? O que esse tipo de animal faz aqui?— questionou Bilbroowh apontando para o cão Krittibrayah.
Todos direcionaram o olhar para o animal.
— Nã-ã—-ã-ooo! — disse Bilbroowh.
Algo fino atravessou seu peito. Era um espinho e todos tentaram ver da onde o mesmo veio e viram algo afundando na areia.
— Lillillah ainda com o Ikihatsunukishi ativado correu até onde viu algo afundando na areia e esperou algum ataque. Depois de pouco tempo…
— LILLILLAH. ELE PRECISA DE AJUDA! — gritou Maigriyah que segurava Bilbroowh.
Lillillah se sentindo perdida correu até eles.
— Vamos levá-los até a USaM. Dá para salvá-lo — disse Lillillah, pensando em seus equipamentos e esperando que os necessários não tenham sido danificados com a queda.
— Afinal? Quem é ele? De onde o conhecem? — questionou Maigriyah.
Enquanto eles iam para USaM, Mortrazha foi explicando para ela, sem muitos detalhes. Assim que chegaram, Lillillah iniciou os procedimentos para operar Bilbroowh. Maigriyah ficou analisando os danos da USaM.
— Acho que posso consertar o mecanismo de voo, mas preciso de um tempo — disse ela.
— Então faça — disse Lillillah concentrada na operação.
Depois de um tempo Lillillah finalizou os procedimentos e estabilizou Bilbroowh.
— Ele vai ficar…
Lillillah foi interrompida pelo balançar da USaM.
— Maigriyah — disse Mortrazha preocupado e saindo.
Ele parou e viu que a USaM estava voando. Ele olhou para baixo e viu Maigriyah.
— SAIAM DAÍÍÍ! — gritou ela.
Mortrazha olhou para o alto e viu que um drone enorme os estava abduzindo. Ele correu até Lillillah e pegou Drihee no colo, que ainda estava desacordado.
— Temos que abandonar a USaM! Vão nos capturar.
— O quê? Como? — questionou Lillillah.
Ela percebeu que a USaM estava sendo atraída por algo bem maior.
— Mas não podemos tirá-lo daqui — disse Lillillah olhando para Bilbroowh conectado aos equipamentos que o mantinham vivo.
Mortrazha pensou rápido.
— Se é a única chance de ele sobreviver, então deixe-o! Mas pegue o Ikihatsunukishi dele. Isso que não pode cair em mãos erradas!
Lillillah hesitou, mas logo em seguida pegou o que podia mais o Ikihatsunukishi de Bilbroowh e acompanhou Mortrazha.
— Teremos que pular! — disse Mortrazha.
— Mas está alto…
— A areia amorteeeeece! — disse Mortrazha pulando com Drihee nos braços.
— Como faz falta um equipamento portátil de levita…
Lillillah se lembrou da cama de levitação. Ela pegou e pulou deitada nela. Por um instante Lillillah achou que ia colidir na areia, mas a cama parou bem perto do chão e se manteve flutuando.
— Boa ideia! Podia ter me falando — falou Mortrazha sentindo muita dor.
— Coloque-o aqui!
Mortrazha colocou Drihee na cama de levitação. Eles se esconderam em uma ruína próxima. Logo depois Maigriyah se aproximou e ao lado dela estava…
— O que esse cão Krittibrayah está fazendo com você? — questionou Lillillah.
O animal seguiu na direção das ruínas de um edifício, parou e acenou com o rabo para eles.
— É estranho o comportamento dele. Ele deve estar perdido, pois esse não é o ambiente natural dele. Mas acho que ele quer que a gente o acompanhe — disse Maigriyah.
— Vamos confiar em um cão Krittibrayah? — questionou Mortrazha.
— Não temos escolha! — disse Lillillah olhando para o drone abduzindo sua USaM.
Ela ficou pensando o que explicaria à Central sobre o que aconteceu à Unidade de Saúde Móvel.
— E Bilbroowh? — questionou Maigriyah.
— Não tivemos escolha! — disse Lillillah se lamentando.
— Vamos logo, antes que a gente seja capturado também! — disse Mortrazha, preocupado.
Eles acompanharam o animal até uma outra ruína próxima. Adentraram e viram uma rampa íngreme. Ao lado eles avistaram uma moto de levitação. Maigriyah se aproximou dela e a analisou.
— Ela era do Bilbroowh. Mas é estranho…
Drihee acordou e se levantou assustado.
— Calma! Está tudo bem! — disse Lillillah tentando acalmá-lo.
— O que houve? Onde estamos? Cadê meu Ikihatsunukishi? — perguntou Drihee, confuso.
— Está preso à sua vestimenta — respondeu Lillillah.
— Está tudo bem? Acalme-se! — disse Mortrazha.
Maigriyah foi para perto deles. De repente, algo os empurrou até a rampa e todos escorregaram para escuridão.
Ótimo início.
Adorei como o autor escreve e como é dinâmico os acontecimentos do livro.
O primeiro capítulo ficou ótimo.
Bom Ate
Ate o Momento esta bem legal nao tenho costume de ler mas este esta me mantendo
Fácil
Muito fácil de ler e entender