VERMELHO, BRANCO E SANGUE AZUL | RESENHA – COLEÇÃO DA JOI

VERMELHO, BRANCO E SANGUE AZUL | RESENHA – COLEÇÃO DA JOI

“Para os estranhos e sonhadores”

Quando sua mãe foi eleita presidente dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana.

Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos dos pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja.

Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem é constantemente comparado – e que ele não suporta.

O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois.

Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos, e não demora muito para que essa relação evolua para algo que nenhum deles poderiam imaginar – e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem ?

Eu simplesmente amei cada segundo dessa leitura, a escrita da Casey é tão fascinante, envolvente e divertida que é quase impossível largar o livro.

Seus personagens são muito bem construídos e desenvolvidos ao longo da história. Acompanhar a descoberta do Alex sobre seus sentimentos pelo Henry foi tão fofinho.

E ainda Casey conseguiu guiar o leitor por um tema complicado de uma forma muito divertida e apaixonante. Todo o apoio que q família do Alex ofereceu quando as coisas ficaram difíceis foi muito lindo.

Eu adorei a interação do Alex, Henry, Nora, June e Pez é tão incrível que eu fiquei com muita vontade de fazer parte dessa amizade também.

Casey também desconstrói a ideia de que a família real seja tão perfeita, eu passei muita raiva com as atitudes da realeza, única pessoa que salva ali além do Henry é sua irmã.

E a única coisa que me incomodou um pouco na leitura, foram as partes em que o Alex falava infinitamente sobre política.

E vocês, já leram esse livro ? O que acharam ?

Ficha Técnica

Vermelho, branco e sangue azul

Ano: 2019

Autor(a): Casey McQuiston

Nacionalidade: Brasil

Editora: Seguinte

Gênero: Romance Jovem Adolescente

Joi Lima 25, estudante de enfermagem, mora em São Paulo e é apaixonada por romance e chocolate.

"Só precisamos de coragem para ser feliz"

ALÉM DA ANATOMIA DE UM CORAÇÃO | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

ALÉM DA ANATOMIA DE UM CORAÇÃO | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

Hey somadores, minhas amoras e meus amores 🤓 bora lá para mais uma resenha?!

Ebook “Além da anatomia de um coração” – Família Lá Fontaine 1 | 560 págs | autora Jéssica Ribeiro | Romance – Drama Nacional

Não conhecia a escrita da autora e fiz essa leitura através de indicação de uma resenha que vi lá no IG @readbylyvia e que me deixou muito interessada.

Mas…

A verdade é que não estava preparada para uma leitura dessa. A autora me surpreendeu positivamente em cada capítulo. Pra ser mais exata e justa, ela me cativou da primeira até a última linha.

Embora essa trama seja um drama e tenha certeza de que ao realizar essa leitura você irá chorar, temos também muito amor, amizade, família, superação, entre outros sentimentos que aquece nosso coração… Não podendo esquecer alguns alertas de gatilho, que estão bem especificados pela autora antes de iniciarmos a leitura.

Conhecemos nessa linda e bela história, Barbara (musicista) e Alec (cardiologista), que são completamente diferentes, mas de uma forma inusitada seus destinos acabam se entrelaçando.

Mas esses dois, apesar das diferenças, tem uma coisa em comum, são completamente quebrados.

E eu amei a construção desses personagens que foram se moldando em suas dores e aflições.

Chorei muito? Sim… Principalmente com o final, pois, mesmo tendo uma certeza do que poderia acontecer, não imaginava tal desfecho. Mas também preciso dizer que me diverti muito com esse casal, sempre propensos em se meter nas mais cômicas confusões, somando a isso as boas gargalhadas que me tiraram com os apelidos que Alec criava para Barbara.

Vale também ressaltar que embora o livro seja longo, a leitura é rápida e fluída, sendo que o devorei. E a ambientação dessa leitura foi feita em Paris, me fazendo amar cada detalhe. Assim como também amei a trilha sonora…

O destino às vezes pode ser muito cruel, mas o amor, esse sim prevalece, mesmo que da forma que não esperamos ou desejamos, mas ele está lá.

Me contem aí… Já conheciam ou leram algo da autora?

Ficha Técnica

Além da anatomia de um coração – Família Lá Fontaine 1

Ano: 2022

Autor(a): Jéssica Ribeiro

Nacionalidade: Brasil

Gênero: Romance

Kátia Amaro, é nascida em São Paulo, mas vive atualmente em Florianópolis SC. É casada, mãe de 03 filhos.
Seu contato com o mundo dos livros vêm desde a infância, onde sempre foi incentivada pelo pai à realizar leituras, fazendo que se apaixonasse instantaneamente pela leitura.
Sempre foi uma leitora assídua e lê todos os gêneros sem exceção.
Entrou no mundo literário a alguns anos como uma forma de apresentar suas considerações sobre suas leituras a tantos outros leitores que também compartilham do mesmo interesse.
E entrando nesse mundo pelas redes sociais, se deparou com autores nacionais maravilhosos, tendo parcerias com vários deles e se apegando ainda mais a literatura nacional. Fato esse que a tornou uma apoiadora dos autores nacionais independentes.

 

"Vivo, morro, choro, surto, rio, me emociono, viajo, conheço mundos, lugares, pessoas e seres que podem ser inimagináveis, mas também podem ser reais. Enfim, faço parte de cada pedaço que o mundo literário me apresenta. Os livros têm o poder de nos transportar para novos mundos e tempos diferentes, mas também podem nos levar de volta aos momentos importantes de nossas vidas."

OS OUTROS | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

OS OUTROS | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

Hey somadores, minhas amoras e meus amores 🤓 bora lá para mais uma resenha ?!

Ebook “Os Outros” | 333 págs | autora Vanessa Guimarães | thriller psicológico nacional | indicação @books.of.sarah

Gentennn…. Que livro foi esse??? Um thriller psicológico fod@stico e inimaginável.

Mas preciso dizer que, essa leitura é gatilho do começo ao fim, praticamente em todas páginas. Abordando terror psicológico, abuso infantil, violência ao extremo, violência sexual entre outras. Então, tenham essa consciência se decidirem realizar a leitura.

A autora construiu seus personagens com pontos de vista de todos os envolvidos, agrupando para cada um deles uma linha de pensamento sobre suas narrativas. E isso ajudou demais no processo da leitura, fazendo com que consigamos encaixar as peças do quebra cabeça da trama num todo.

E quando chega o plot twist achamos estar perto de uma solução, mas lá vem outro plot e começamos a ter surtos atrás de surtos. Para no fim nos depararmos com o plot mais fod@ de todos. E quando digo fim, é fim mesmo, última frase, última linha. Ponto final.

Realizar essa leitura mexeu demais com minhas emoções, pois é uma leitura muito forte e impactante que envolve o desaparecimentos de crianças e meninas jovens grávidas, aparecendo depois somente seus corpos mutilados, abordando os temas já citados acima como gatilho. Pois as cenas são bem descritivas do que acontece com eles no processo de tortura, antes de serem desovados.

Confesso que foi minha segunda leitura favorita do ano e me surpreendi positivamente com a escrita da autora que conheci através dessa leitura. E posso dizer que ela me ganhou para outras.

E vocês… Já conheciam a autora ou seus livros?

Ficha Técnica

Os Outros

Ano: 2022

Autor(a): Vanessa Guimarães

Nacionalidade: Brasil

Gênero: Thriller, Suspense, Mistério

Kátia Amaro, é nascida em São Paulo, mas vive atualmente em Florianópolis SC. É casada, mãe de 03 filhos.
Seu contato com o mundo dos livros vêm desde a infância, onde sempre foi incentivada pelo pai à realizar leituras, fazendo que se apaixonasse instantaneamente pela leitura.
Sempre foi uma leitora assídua e lê todos os gêneros sem exceção.
Entrou no mundo literário a alguns anos como uma forma de apresentar suas considerações sobre suas leituras a tantos outros leitores que também compartilham do mesmo interesse.
E entrando nesse mundo pelas redes sociais, se deparou com autores nacionais maravilhosos, tendo parcerias com vários deles e se apegando ainda mais a literatura nacional. Fato esse que a tornou uma apoiadora dos autores nacionais independentes.

 

"Vivo, morro, choro, surto, rio, me emociono, viajo, conheço mundos, lugares, pessoas e seres que podem ser inimagináveis, mas também podem ser reais. Enfim, faço parte de cada pedaço que o mundo literário me apresenta. Os livros têm o poder de nos transportar para novos mundos e tempos diferentes, mas também podem nos levar de volta aos momentos importantes de nossas vidas."

A JOIA REAL | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

A JOIA REAL | RESENHA – A SOMA DE TODAS AS PÁGINAS

Olá somadores, minhas amoras e meus amores 🤓 Bora lá para mais uma resenha?!

Livro físico “A jóia real” | autor Leandro V Silva | 286 págs | literatura brasileira – ficção/fantasia | livro cedido em parceria com o autor.

Primeiro, preciso dizer a vocês que essa belezinha é o terceiro volume da série.

Segundo, sou apaixonada por tudo que o autor escreve. Pensem numa construção de personagens e cenários feitos maravilhosamente bem. Tanto, que conseguimos nos teletransportar para dentro da leitura.

Nessa trama conhecemos Joy, que está em busca de muitas respostas: Ela é a única que possui poderes? Quem matou seus pais? Por que ela tem esses poderes? Quem são as pessoas que a perseguem?….

E em busca dessas respostas ela encontra Lando, que também tem poderes e por sequência acaba conhecendo Abgail. Só que esses três juntos, acabam por entrar em uma missão mais que perigosa envolta de muita ação.

E em busca dessa jóia chamada Enerkry, descobrimos que há mais jovens como Lando e Joy, que existe não só uma, mas mais sociedades secretas que buscam por esses jovens com poderes, podendo ser elas, boas ou ruins. E a luta de Abgail para descobrir o quanto seu pai é envolvido nisso tudo.

Esses jovens acabam por ter não somente uma missão, mas várias missões, sendo levados de uma descoberta para outra, cada vez mais surpreendente.

Ahhh, vocês querem saber se tem plot? Tem sim, não só um, mas vários … Isso é maravilhoso… E o final é de querer arrancar os cabelos.

Essa é uma leitura regada de mistérios, ação e aventura, que te leva para um mundo de fantasia extraordinário

Ah, já ia me esquecendo. O livro contém um pós crédito sensacional. Adoreiii…

Me contem aí… Já conheciam essa série ou algum livro do autor? Gostam de fantasia? Tem uma indicação de fantasia para me indicar?

Ficha Técnica

A Joia Real

Ano: 2020

Autor(a): LeandroVSilva

Nacionalidade: Brasil

Gênero: Ficção Científica, Fantasia, Aventura

Kátia Amaro, é nascida em São Paulo, mas vive atualmente em Florianópolis SC. É casada, mãe de 03 filhos.
Seu contato com o mundo dos livros vêm desde a infância, onde sempre foi incentivada pelo pai à realizar leituras, fazendo que se apaixonasse instantaneamente pela leitura.
Sempre foi uma leitora assídua e lê todos os gêneros sem exceção.
Entrou no mundo literário a alguns anos como uma forma de apresentar suas considerações sobre suas leituras a tantos outros leitores que também compartilham do mesmo interesse.
E entrando nesse mundo pelas redes sociais, se deparou com autores nacionais maravilhosos, tendo parcerias com vários deles e se apegando ainda mais a literatura nacional. Fato esse que a tornou uma apoiadora dos autores nacionais independentes.

 

"Vivo, morro, choro, surto, rio, me emociono, viajo, conheço mundos, lugares, pessoas e seres que podem ser inimagináveis, mas também podem ser reais. Enfim, faço parte de cada pedaço que o mundo literário me apresenta. Os livros têm o poder de nos transportar para novos mundos e tempos diferentes, mas também podem nos levar de volta aos momentos importantes de nossas vidas."

CAVALEIROS DO ZODÍACO EM 3D É RUIM?

CAVALEIROS DO ZODÍACO EM 3D É RUIM?

A nova série em 3D dos Cavaleiros do Zodíaco, também conhecida como “Saint Seiya: Knights of the Zodiac“, é uma adaptação em anime da famosa franquia dos Cavaleiros do Zodíaco, criada por Masami Kurumada em 1986. Esta nova série foi lançada pela Netflix em 2019.

A série acompanha a história de Seiya, um jovem guerreiro que luta como um Cavaleiro de Athena. Seiya e os demais cavaleiros são conhecidos por usarem armaduras mágicas inspiradas nas constelações do zodíaco. Juntos, eles enfrentam inimigos poderosos e tentam proteger Athena de qualquer ameaça.

Mas afinal, ela é ruim?

Muitos dos fãs de longa data não curtiram, principalmente, pela pegada jovem e mudanças de personagens, como foi o caso do cavaleiro de Andrômeda, que agora é uma mulher.

O que muitos desses fãs não compreendem é que essa série não foi pensada para atingir o público antigo e sim atrair um público novo e mais jovem para esse universo.

Eu, LeandroVSilva, sou um fã de carteirinha de CDZ e essa série não achei ruim. Compreendi essas diferenças e eu e meus filhos curtimos essa nova aventura com uma pegada de nostalgia. Uma oportunidade para inserir eles nesse mundo, mas conforme a geração deles.

Para os mais novos, a comunicação visual super corresponde e como disse, eles são o público alvo. Um material feito para atrair esse público jovem para a nossa nostalgia dos anos noventa.

Entendo que gosto é gosto, mas os tempos mudaram e continuarão mudando. Não é porque essa série tem um público alvo diferente que eles não vão continuar fazendo material para o público raiz.

Ainda tem muita coisa por vir, como o Live Action e Next Dimension.

Então, fãs de CDZ, é só uma questão de perspectiva. Cavaleiros do Zodíaco, vai continuar sendo Cavaleiros do Zodíaco, independente de qualquer material que seja produzido.

Se compreendermos essas diferenças, teremos muito material sendo adaptado por vários e vários anos.

Tivemos o problema por conta da dublagem na temporada das doze casas, mas isso não faz desmerecer a qualidade da série e conversaremos sobre em outro artigo.

Ficha Técnica

Saint Seiya: Knights of the Zodiac

Ano: 2019

Autor: Masami Kurumada

Diretor: Yoshiharu Ashino

Nacionalidade: Japão/Estados Unidos

Gênero: Aventura, Fantasia

MONKEY D. LUFFY É UM DOS MAIORES EMPREENDEDORES DO MAR

MONKEY D. LUFFY É UM DOS MAIORES EMPREENDEDORES DO MAR

One Piece é uma das séries de mangá e anime mais populares do mundo, com um público fiel e uma história envolvente que inspira a determinação e o empreendedorismo em muitos fãs.

O protagonista da série, Monkey D. Luffy, sonha em se tornar o próximo Rei dos Piratas e encontrar o tesouro lendário One Piece. Ele enfrenta muitos desafios e obstáculos no caminho, mas nunca desiste de seus sonhos e sempre busca maneiras de superá-los.

O mesmo vale para o empreendedorismo. Se você tem um sonho de ter seu próprio negócio, é preciso estar disposto a enfrentar obstáculos e superá-los. É preciso determinação para alcançar o sucesso, assim como Luffy mostra a cada episódio.

A primeira lição que podemos aprender com One Piece é a importância de ter um objetivo claro. Luffy sabe exatamente o que quer: encontrar o One Piece e se tornar o Rei dos Piratas. Ele não se distrai com outras coisas, mesmo quando são tentadoras, e mantém o foco em seu objetivo final.

Outra lição que podemos aprender com a série é a importância de ter coragem. Luffy e sua tripulação enfrentam inimigos poderosos, e muitas vezes são colocados em situações perigosas, mas eles não se intimidam encarando com tudo e, mesmo com as derrotas, vão seguindo em frente.

Para empreendedores, isso significa ter coragem de tomar decisões difíceis, arriscar e sair da zona de conforto. É preciso ter coragem para se colocar em posição de vulnerabilidade, e estar disposto a enfrentar os desafios que o empreendedorismo traz.

Além disso, a série também destaca a importância de ter uma equipe unida e trabalhar em conjunto. Cada membro da tripulação de Luffy tem seus próprios talentos e habilidades únicas, e juntos eles formam uma equipe forte e eficiente. No mundo empreendedor, ter uma equipe diversa e trabalhar em conjunto é crucial para o sucesso de um negócio.

Para empreendedores, assim como para Luffy e sua tripulação, o caminho do sucesso não será fácil, e é comum encontrar desafios difíceis de enfrentar pela trajetória, contudo, é preciso ter resiliência para continuar lutando, mesmo quando as coisas parecerem impossíveis.

Ficha Técnica

One Piece

Ano: 1987

Autor: Eiichiro Oda

Editoração: Shueisha

Nacionalidade: Japão

Gênero: Aventura, Fantasia, Drama

DRIFTING HOME. A DIFICULDADE DE SE DESAPEGAR DAS COISAS, LUGARES E PESSOAS

DRIFTING HOME. A DIFICULDADE DE SE DESAPEGAR DAS COISAS, LUGARES E PESSOAS

Drifting Home – Ame wo Tsugeru Hyôryû Danchi é um anime que retrata de forma poética e comovente a dificuldade que as pessoas têm em desapegar de coisas e pessoas que fazem parte de suas vidas.

No enredo, Natsume enfrenta a dificuldade de se desapegar de sua antiga moradia, um conjunto habitacional, onde passou a infância. O local guarda muitas lembranças maravilhosas o que faz dificultar ainda mais o desapego. Natsume com seu amigo de infância Kosuke e amigos de classe, passam por uma aventura e trajetória fantástica na busca de aceitação do desapego de algo muito importante que carregam no coração.

Para muitos de nós, desapegar pode ser uma tarefa difícil e dolorosa. É natural ter vínculos com objetos que nos trazem lembranças e significado, assim como com pessoas que fazem parte da nossa vida. No entanto, às vezes precisamos nos desapegar para avançar e crescer como indivíduos.

Drifting Home nos mostra que essa jornada não é fácil e que todos nós lutamos para encontrar um equilíbrio entre o passado e o futuro. Mas também nos lembra que, embora possa ser doloroso, o processo de desapego pode ser libertador e nos permitir abraçar novas oportunidades e experiências.

Desapegar não é fácil, mas é necessário. A vida é feita de constantes mudanças e, por mais difícil que seja, precisamos aprender a lidar com elas e seguir em frente.

A série é uma ótima opção para aqueles que querem refletir sobre a dificuldade de desapegar e como essa dificuldade pode afetar a nossa vida. Além disso, a obra também trata de outros assuntos universais, como o amadurecimento e o enfrentamento da perda, o que a torna ainda mais interessante e importante. Se você está passando por uma fase de mudanças e quer refletir sobre a dificuldade de desapegar, “Drifting Home” é uma ótima opção.

Ficha Técnica

Ame wo Tsugeru Hyôryû Danchi, Drifting Home

Ano: 2022

Direção: Hiroyasu Ishida

Roteiro: Hiroyasu Ishida, Hayashi Mori

Duração: 120 minutos

Nacionalidade: Japão

Gênero: Aventura, Drama, Fantasia

NAIRIN | CAPÍTULO 11

CAPÍTULO

11

O ESPIÃO

— Não vou repetir! Larguem suas armas, agora!

O líder Hankyater que capturou Lillillah e Drihee abaixou sua arma e se aproximou cautelosamente do outro líder Hankyater.

— Afaste-se!

Ele olhou para um dos seus parceiros e acenou com a cabeça rapidamente. O líder do grupo Hankyater HKY17VH, percebeu e acionou o gatilho. O laser acertou o braço de Lillillah. O grupo dos Hankyaters HKY14VR reagiram rapidamente. Drihee puxou Lillillah pelo braço e se jogou no chão com ela para não serem atingidos. Jogaram seus Ikihstunukishi na frente deles e Drihee sem pensar muito, pegou e ativou seu Ikihatsunukishi.  Ele lançou uma rajada de fogo que dispersou os grupos de  Hankyaters, mas o tiroteio continuou. Ele aproveitou a oportunidade para se afastar com Lillillah. Drihee entregou para Lillillah seu Ikihatsunukishi que ativou. Ela tentou usar, mas a lança caiu e se transformou novamente numa esfera de cristal.

— Não consigo — disse Lillallah, reclamando da dor no braço.

Ela se abaixou e pegou o Ikihatsunukishi desativado. 

— Vamos! Vamos sair daqui! — disse Drihee, desesperado. 

Um Hankyater do grupo HKY17VH apontou sua arma para a cabeça de Lillillah. Quando Drihee percebeu, um disparo acertou o inimigo. Ele tentou ver da onde veio o tiro, mas o próprio fogo que lançou, ofuscava sua visão do que estava acontecendo ao redor.

Drihee pegou na mão de Lillillah e continuou tentando se afastar. 

— AHHHH — gritou Lillillah, que desequilibrou logo em seguida por causa de um tiro na perna.

Drihee tentou segurá-la, mas ela caiu de lado.

— AHHHH, DROGAAA! — gritou Drihee.

Ele deixou o seu Ikihatsunukishi cair e o mesmo desativou.

— De onde veio esse tiro? — questionou ele, olhando para todos os lados. — Idiota — disse para si mesmo.

Drihee se aproximou de Lillillah.

— NÃO! Como tudo isso chegou a esse ponto? — questionou ela, chorando.

— Você consegue se mexer? Vamos, vou te ajuda a levantar.

Ele com muito esforço conseguiu ajudá-la a se levantar.

— O seu Ikihatsunukishi ali no chão. Pegue! — disse Lillillah.

— NÃO! Vamos sair daqui!

Ela o empurrou.

— Você é idiota! Não podemos deixar isso cair em mãos erradas! — disse ela indo pegar o cristal.

Lillillah caiu de joelhos próximo ao Ikihatsunukishi de Drihee. Ele tentou ajudá-la, mas um Hankyater se aproximou apontando sua arma para a cabeça dela.

— Venham, me sigam — disse o Hankyater.

— Como assim? — questionou Lillillah, confusa.

Ela pegou o Ikihastunukishi de Drihee. Ele, sem perder tempo, ajudou Lillillah a se levantar. 

— Me acompanhem! — ordenou o Hankyater, atirando em direção a outro grupo de Hankyaters.

— O que está fazendo? Por que vai segui-lo? — questionou Lillillah para Drihee.

— Não sei. VAMOS! Não temos escolha. Você vai acabar morrendo se ficarmos aqui!

— Não devemos…

Drihee a puxou pelo braço. Ela não conseguiu caminhar.

— Está doendo muito.

O Hankyater se aproximou dela e a injetou algo.

— Vai te ajudar a segurar a dor. Vamos!

— Vamos Lillillah — disse Drihee, ajudando ela a caminhar.

Eles acompanharam o Hankyater que atirava para todos os lados.

— Alí. Vão para aquele drone — ordenou o Hankyater.

— O que está havendo? Por que está nos…

O Hankyater foi atingido nas costas e caiu de joelhos.

— VÃOOOO! AGORA! — gritou o Hankyater.

— Vamos te ajud…

— VÃOOOOO! — ordenou o Hankyater se levantando.

Eles sem muitas alternativas seguiram para o drone. Os dois entraram e o mesmo foi acionado. Eles levantaram voo.

— Não era para ter confiado — disse Lillillah, irritada.

— Não tínhamos escolha. Você não ia se salvar.

— A gente não vai se salvar. Para onde estamos indo?

O drone se deslocava em alta velocidade. Lillillah olhava pelos visores, para tentar ver onde estavam. Drihee foi para um canto e sentou.

— Dói muito — disse ele com a mão no braço ferido. — Como você está? Você está muito machucada.

Lillillah o ignorou e continuou tentando ver para onde estavam indo.

— Droga Lillillah — disse Drihee se levantando.

— Estamos parando.

— Lillillah. Relaxa! Você está muito ferida. Não sente dor? — questionou Drihee tocando no ombro dela.

— Parece que estamos entrando em algum lugar.

Drihee tentou olhar pelo visor que Lillillah olhava com toda atenção.

— Que lugar é esse? 

— Não sei. Paramos! Vamos! — disse Lillillah.

— Lillillah, calma. Como você está? E a dor? — questionou ele indo atrás dela.

A porta do drone se abriu. 

— Quem é? Drihee! O Ikihatsunukishi — disse Lillillah ativando o seu.

Ela jogou o dele e ele tentou pegar com o braço ferido, mas acabou deixando cair.

— Sejam bem-vindos, Ikihatsunukishisen. Não somos inimigos.

— Quem é você? Se afaste! — ordenou Lillillah.

— Lillillah, estou sem forças — disse Drihee, depois que pegou o seu Ikihatsunukishi.

— Sei que estão confusos, mas podem confiar, não somos inimigos, pois se fossemos, vocês já estariam mortos.

— Vocês? Eu só vejo você. Nos libertem, AGORA — gritou ela, irritada.

— Lillillah, calma.

A visão dela começou a falhar.

— As coisas fugiram um pouco do controle, mas agora vamos acertar os planos. Ela precisa vê-los. Vocês devem descansar — disse o desconhecido se aproximando deles.

— AFASTE-SE! Ago… ra…

Drihee tentou segurar Lillillah, mas o desconhecido foi mais rápido e a impediu de cair. O Ikihatsunukishi dela desativou.

— Pegue a arma dela. Ela vai ficar bem. Vocês precisam descansar. Me acompanhe.

Outros desconhecidos se aproximaram com uma maca flutuante para ajudar a carregar Lillillah.

— Sei que não temos alternativas, mas o que querem com a gente? Quem é você? Quem são vocês? — questionou Drihee.

— Me chamo Lenkiphah e acreditamos que seus antepassados não foram traidores. Estávamos planejando há muito tempo por uma busca de respostas internas e até além das estrelas, mas não esperávamos vocês aparecerem de repente. Ela vai ficar surpresa com a presença de vocês.

— Como assim? Quem?

— Vamos. Temos muito que conversar, mas agora precisam descansar.

***

— O que faremos com os sobreviventes, senhor?

— Eliminem — ordenou o líder do grupo Hankyater HKY17VH.

— Sim senhor!

— E você! Devia eliminá-lo também, mas temos que ter uma conversa e espero sua colaboração — disse o líder do grupo Hankyater HKY17VH apontando sua arma para a cabeça do líder do grupo Hankyater HKY14VR.

Um outro integrante do grupo se aproximou.

— Senhor! Encontramos esse robô drone.

— Conseguiram rastrear o operador?

— Não senhor. Pela análise preliminar, identificamos uma criptografia de alto nível.

— Levaremos para a base. Lá talvez conseguimos rastreá-lo.

— Mas se for uma isca para nos rastrear?

— Espero que seja, pois estaremos preparados para recebê-los.

4,6
4,6 out of 5 stars (based on 11 reviews)
Excelente64%
Muito bom36%
Média0%
Ruim0%
Muito ruim0%

Ótimo início.

29 de outubro de 2022

Adorei como o autor escreve e como é dinâmico os acontecimentos do livro.

O primeiro capítulo ficou ótimo.

Sullivan

Bom Ate

18 de agosto de 2020

Ate o Momento esta bem legal nao tenho costume de ler mas este esta me mantendo

Marcelo

Fácil

16 de agosto de 2020

Muito fácil de ler e entender

Eudimar

CAPÍTULOS

KOMI CAN’T COMUNICATE. A DIFICULDADE NA COMUNICAÇÃO PODE SER UMA REALIDADE DE MUITOS

KOMI CAN’T COMUNICATE. A DIFICULDADE NA COMUNICAÇÃO PODE SER UMA REALIDADE DE MUITOS

Komi Can’t Communicate (Komi-san wa, Komyushō Desu) é um mangá japonês que virou anime e segue a história de Komi, uma jovem que é extremamente tímida e tem dificuldade em se comunicar e interagir com as pessoas ao seu redor.

Ao longo da história, Komi enfrenta muitos desafios e aprende a superar suas inseguranças e a se comunicar de maneira mais eficaz. Ela também descobre que não está sozinha em sua luta e que muitas outras pessoas também enfrentam dificuldades na comunicação pessoal.

Embora seja uma ficção, essa história retrata muito bem a realidade de muitas pessoas que também enfrentam esses problemas no dia a dia.

A comunicação pessoal é uma habilidade fundamental que afeta todas as áreas da nossa vida, desde relacionamentos pessoais até o sucesso profissional. Infelizmente, muitas pessoas têm dificuldade em se comunicar, seja por falta de confiança ou por não saber como expressar suas ideias e sentimentos de maneira clara e respeitosa.

Comunicar-se com as outras pessoas pode ser uma tarefa complicada, especialmente para aqueles que sofrem de ansiedade social, fobia social ou qualquer outro tipo de transtorno de ansiedade que afeta a comunicação. Essas condições podem levar a uma sensação de isolamento e solidão, pois as pessoas podem sentir que não conseguem se conectar de forma significativa com os outros.

Além disso, a pressão da sociedade para ser “perfeito” e se adaptar a padrões de comportamento específicos também pode afetar a comunicação das pessoas. Muitas vezes, sentimos que precisamos ser ouvidos ou que precisamos ter todas as respostas certas, o que pode nos deixar inseguros e impedir que compartilhemos nossos pensamentos e sentimentos de forma autêntica.

No entanto, é importante lembrar que a comunicação é um processo constante e que todos cometemos erros de vez em quando. Aprender a se comunicar de forma eficaz é uma habilidade que pode ser desenvolvida e melhorada com o tempo, e há muitas maneiras de fazer isso.

A primeira coisa a se fazer é reconhecer que essa dificuldade existe e procurar ajuda se necessário. Isso pode incluir terapia ou grupos de apoio que possam ajudar a lidar com os medos e inseguranças que podem afetar a comunicação. Além disso, praticar a comunicação de forma segura, como falar com amigos ou familiares, pode ajudar a aumentar a confiança e a autoestima.

Outra coisa importante é aprender a ouvir e a se colocar no lugar do outro. Isso significa prestar atenção ao que as outras pessoas estão dizendo, perguntar sobre seus pensamentos e sentimentos e tentar entender sua perspectiva. Isso pode ajudar a criar conexões mais profundas e significativas com os outros.

A obra nos ensina que é possível superar os nossos medos e inseguranças, e que é possível encontrar a coragem de se expressar e se relacionar com outras pessoas. A série é uma lembrança de que todos nós temos o potencial de crescer e mudar, e de que é possível encontrar o apoio e o incentivo que precisamos para nos desenvolver e nos tornarmos mais confiantes e capazes de nos comunicar e interagir com o mundo ao nosso redor.

Ficha Técnica

Komi-san wa, Komyushō Desu – Komi Can’t Communicate

Ano: 2016

Mangá escrito por: Tomohito Oda

Nacionalidade: Japão.

Gênero: Juvenil, Drama romântico, Comédia romântica.

OS IRMÃOS DO GELO | CAPÍTULO 2

CAPÍTULO

2

A BUSCA

ROMEO

Não acreditei no que vi. Meu irmão Roger com uma faca nada normal. Havia ouvido um barulho estranho vindo do quarto dele! Quando saí do meu quarto, eu o vi através da porta entreaberta do seu, fazendo uns movimentos estranhos com aquela arma. Saiu um forte ar gelado do quarto dele, como se o ar-condicionado estivesse ligado a 32°F, o que fez a porta bater. Minha vontade era entrar e saber o que estava acontecendo, mas não tive coragem.

No começo, quando vim morar com Roger e o papai, eu ainda estava meio assustado e ao mesmo tempo feliz por saber que tinha uma família. Depois que descobri isso, sempre me vinha a pergunta de como fui parar no orfanato e perguntava ao nosso pai, mas ele também não sabia responder. Papai nunca imaginara que tivera filhos gêmeos. As respostas eram poucas e a única coisa que ele me dizia era que a mamãe havia morrido no parto.

Voltei para meu quarto e fiquei por um tempo imaginando mil coisas. Ouvi meu irmão saindo do seu. Mas o que eu deveria ter feito? Ir até lá para saber o que ele estava planejando? Ele já não falava comigo e não falaria de jeito nenhum depois da briga que tivemos ontem. Aquela havia sido a pior de todas as brigas que já tivemos. Nunca pensei que chegaria a esse ponto com meu irmão, mas a raiva foi maior com o que ele fez e sempre faz com Desirée.

Depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que não deixaria Roger se meter em encrencas. Apesar de não ter nada em comum com ele, no fundo gostaria somente de ser aceito do jeito que sou. Eu deveria deixar as brigas de lado e ir lá falar com ele.

Saí do meu quarto e o procurei pela casa, mas ele não estava. Vi seu bilhete na geladeira que dizia:

 

Fui à New York para a casa do vovô Charles. Estarei de volta no fim de semana.

 

Roger

 

— O que ele foi fazer na casa do vovô? O que está planejando?

Ele quase não se comunicava com a gente, muito menos nos convidava para visitá-lo. Vovô gostava de ficar sozinho e detestava ser incomodado.

Saí correndo para tentar alcançá-lo, abri a porta de casa e:

— Desirée?!

— Oi, Romeo. O Roger está aí?

— Não, ele saiu. Ele foi para casa do nosso avô em New York.

Desirée começou a chorar. Sem saber o que fazer, entrei com ela e lhe ofereci um copo d’água.

— Fui muito dura com ele. Por isso que ele foi embora.

— Para com isso, Desirée!

— Ele saiu e só me mandou uma mensagem. Nem se despediu pessoalmente de mim.

— Você se importa de eu ver a mensagem?

— Claro que não, pegue.

Peguei o DS-Tab Phone de 6” dela. Por um segundo me distrai com a super tela fina de 8k. DS-Tab (Direct Screen-Tablet) era uma tela que recebia sinal de vídeo entre outros da sua Central Smart Box (CSB) por meio da conexão sem fio Wi-Div (Wireless- Direct Instant Video) em até trezentos metros ou on-line via Wi-Fi ou 6G. CSB era uma pequena caixinha que guardava todo hardware de processamento, armazenamento, alguns sensores e conexões. Foi uma ideia genial e um tanto contraditória que mudou o mercado de telefonia e computação móvel. Você tinha na sua CSB todo o hardware e software que se mantinham mais seguro em um único lugar e só andaria em mão com os DS-Tabs que existiam de vários tipos e tamanhos que variavam de 3’’ a 410’’. Se quebrasse um era só comprar outro que nada dos seus dados e sistemas seriam perdidos. Muitos tinham mais de um DS-Tab para diversos tipos de ocasiões. Uns específicos para leitura, outros para jogos ou edições de vídeo. Era possível conectar vários DS-Tabs simultaneamente a uma única CSB. A vida ficou muito mais prática com isso e não precisava trocar de aparelho constantemente como era antigamente no tempo dos smartphones. Isso tudo me fascinava.

Me voltei à situação e comecei a ler a mensagem:

 

Meu anjo, algo de estranho está acontecendo comigo. Preciso encontrar respostas. Estou indo pra NY. Não sei se volto. Te amo e feliz aniversário.

[3:15 PM]

 

— Aquele maluco! — pensei.

Fui até a geladeira disfarçadamente para pegar mais água e tirei o recado que Roger colocou na porta para não piorar ainda mais as coisas.

— Não chore mais, Desirée. Ele está fazendo tudo isso para poder te dar o melhor.

— Será?

— Acredite nele. E mais uma coisa. Feliz aniversário! Não vamos deixar esse dia passar despercebido. Vamos sair para comer alguma coisa.

— Acho melhor não, Romeo. Não estou nos meus melhores dias.

— Anime-se! Vamos?

— Não sei.

Com muito esforço, eu a convenci. Não poderia deixar seu aniversário ser um péssimo dia. Me arrumei e passamos em sua casa para que ela pudesse se arrumar também. Parecia que havia ficado horas esperando na porta da casa dela, mas cada segundo de espera valeu a pena, pois ela estava linda. Seu momento de arrumação só fez realçar ainda mais sua beleza.

Estendi o braço para ela e saímos, mas ainda muito preocupado com Roger, pois já estava anoitecendo.

Pedi uma condução pelo aplicativo, que por sinal chegou bem rápido. O transporte rápido nos levou até um restaurante, não muito chique, mas com uma ótima comida. Sentamos numa mesa no segundo andar que nos dava uma visão para rua. O pedido era feito numa mesa interativa que mostrava o cardápio e em alguns dos casos dava para se ver o processo de preparo da refeição ao vivo. Havia até uma conta de streaming de vídeos que poderia ser acessada gratuitamente caso quisesse acompanhar sua série preferida enquanto degustava a saborosa comida do restaurante. Discretamente peguei meu DS-Tab Phone de 5.2, invadi a rede do restaurante e com uma pequena manobra consegui o contato do gerente que estava no balcão mexendo no seu DS-Tab Work. Mandei uma mensagem para ele.

 

Desculpe-me o incômodo, mas seria possível no final da nossa refeição nos trazer um bolo? Mesa 16. É aniversário da senhorita que me acompanha e queria lhe fazer uma surpresa. Obrigado.

[6:42 PM]

 

O gerente olhou para mim assustado. Achei que ele iria chamar a polícia por causa da minha atitude de invadir a rede privada do estabelecimento sem autorização e com isso, imediatamente mandei outra mensagem notificando-o sobre as falhas de segurança do sistema deles. O gerente voltou a me olhar com uma cara de desconfiado, mas confirmou por mensagem que atenderia ao meu pedido.

Em pouco tempo foi chegando o que pedimos e começamos a comer. Observei que conforme Desirée comia a tristeza em seu rosto começava a sumir. Queria poder dizer tudo o que tinha visto sobre Roger, mas nem eu compreendia o que estava acontecendo.

— Romeo?

— Fala, Desirée.

— Nunca entendi o porquê de você e seu irmão não se falarem. Ele te acha um garoto muito misterioso, mesmo sendo irmão gêmeo dele.

Não sabia o que responder para ela. Eu também não sabia o real motivo de não nos falarmos. Sempre tivemos nossas brigas. Achava ele um exibido cheio de amigos. Talvez tudo fosse simplesmente ciúmes por eu não ter tido tudo que ele teve antes.

— Na verdade, Desirée, eu também não sei. Deve ser pelo fato de eu ser muito tímido e não estar acostumado a ter um irmão gêmeo.

— Mas comigo você não é tímido. É gentil e atencioso. E também sempre aparece quando eu mais preciso.

Fiquei sem palavras pelo que ela disse sobre mim. Dei um sorriso e continuei comendo.

Segundos se passaram no silêncio e logo Desirée disse:

— Me fale sobre você. Já nos conhecemos há um tempo e não sei quase nada sobre você. O que fazia antes de ir morar com seu irmão? Pelo que eu sei você veio de um orfanato.

Mais uma vez não sabia o que dizer. Não tinha muitas lembranças boas até sair do orfanato.

— Eu não tenho muita coisa para dizer sobre mim. Só posso dizer que foram tempos difíceis e solitários no orfanato.

— Hum! Então ok! A comida está ótima! — disse Desirée, tentando mudar de assunto.

Senti que ela não quis ir mais a fundo sobre meu passado, que por um lado foi tranquilizador para mim, pois não me sentia confortável em falar sobre a solidão que passei naquele lugar.

No fim da refeição, que estava maravilhosa, percebi que Desirée olhava toda hora para seu Tab P como se estivesse aguardando uma resposta de alguém. De longe vi o garçom acenando para mim. Ele queria saber se já poderia levar o bolo. Olhei para ele e acenei com a cabeça dizendo que sim. Desirée olhou para mim e perguntou:

— O que foi, Romeo?

— Nada, Desirée.

Eu dei uma risada. Ela olhou para trás e antes que percebesse, o garçom se escondeu. Logo em seguida, ele bem devagar trouxe um bolo cheio de velinhas e começou a cantar…

— Parabéns para você…

A feição de vergonha e ao mesmo tempo de felicidade dominava seu lindo rosto. Ela olhou para mim:

— Você é maluco, mas obrigada!

O garçom colocou o bolo sobre a mesa e Desirée apagou as velinhas. Ela agradeceu e nós saboreamos o delicioso bolo de chocolate.

— Não sei o que dizer, Romeo!

— É o seu dia, aproveite!

— Obrigada, você é mesmo fantástico!

Ficamos mais alguns minutos. Agradeci ao garçom com uma boa gorjeta, transferindo direto para conta dele. Ao invadir o sistema, eu havia conseguido todos os dados dos funcionários.

Na recepção, cumprimentei o gerente e ofereci um serviço de graça para melhorar o sistema da mesa de pedidos e interatividade.

Após sairmos do restaurante, fomos caminhar e aproveitei esse tempo para conversarmos um pouco. Passados uns minutos pedi um transporte rápido que nos levaria para casa.

Chegando à porta da casa de Desirée, dispensei o motorista, pois eu não morava tão longe dela.

Ao nos despedirmos, Desirée aproximou-se de mim, me dando um abraço e agradecendo o que eu havia feito nessa noite, por fim, me deu um beijo na bochecha.

Sem percebermos, os nossos rostos estavam cada vez mais próximos um do outro e num relance, nos fez voltar a realidade. Desirée começou a chorar.

— Me desculpe, Romeo! E mais uma vez, obrigada. Boa noite!

— Boa noite!

Percebi que ela estava lembrando do Roger. Eu queria lhe dizer sobre tudo que pensava, mas eu não podia culpá-la por gostar do meu irmão.

Afastamo-nos, ela se virou e entrou. Voltei para casa pensando no sofrimento de Desirée e no que o Roger poderia estar fazendo.

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto.

— Roger! Tenho que descobrir o que ele foi fazer na casa do vovô.

Peguei meu Tab P para fazer uma chamada de voz e falar com vovô, mas já era muito tarde e ele não gostava de ser incomodado. Eu até pensei em mandar mensagem, mas vovô não gostava dessas coisas. Na verdade, ele odiava o mundo moderno e suas tecnologias.

Fui aos contatos, selecionei o meu irmão e digitei uns emoji de carinhas com raiva e em seguida um pequeno texto que perguntava se estava tudo bem e se tinha chegado bem na casa do vovô. Olhei para a mensagem revisando o que havia acabado de escrever, mas desisti e apaguei tudo. Sem querer mandei umas carinhas com raiva para ele.

— Que merda que fiz! — pensei, aborrecido.

Ia apagar, mas deixei. Esperei uma resposta olhando fixamente para a tela e me assustei com o toque de uma nova mensagem. Pensei que era Desirée, mas quando olhei com mais atenção vi que era uma mensagem do:

— Vovô Charles!

Abri a mensagem que dizia:

 

Olá. Roger já chegou aqui. Boa noite.

[9:47 PM]

 

Como poderia? Vovô estava mandando mensagem. O que isso quer dizer? Tudo estava muito suspeito. Minha vontade era de sair naquele momento e ir até lá para saber o que realmente estava acontecendo. Ainda estava inconformado por Roger estar por aí portando uma espécie de faca estranha e agora essa do vovô, contudo estava muito cansado. Joguei o Tab P na cama e fui para o banheiro.

Depois de um bom banho e já deitado não parava de pensar nas coisas que estavam acontecendo. Meus olhos ficaram cada vez mais e mais pesados…

Crianças brincavam e eu queria brincar também. Me aproximei e elas de repente se afastaram. Era noite e estava deitado na cama com medo. Olhava para os lados e via mais camas, só que estavam vazias. Olhei para o teto e via as estrelas. Vi uma estrela cadente e fiz um pedido:

— Não me deixe sozinho!

Segui sem rumo tentando achar algo. Vi uma luz no final. Corri até ela, mas nunca alcançava o fim. Olhei para luz e vi alguém me chamando e dizendo para eu não parar. Eu corri sem parar, mas caí. A voz dizia:

— Levanta, Romeo! Cadê seu irmão?

— Hum?! Clara?

— Sim, sou eu. Cadê seu irmão? São seis da manhã ele não está na cama.

— Roger foi para casa do vovô Charles em New York e só volta no final de semana.

— Aquele garoto irresponsável! Nem para deixar um recado à moda antiga na porta da geladeira como eu sempre faço, mas vocês com essas tecnologias não querem mais escrever no papel.

— Desculpe, Clara! Mas ele deixou recado sim, eu que peguei.

— Ok! E já que te acordei, vou fazer o café da manhã.

— Está bem, Clara! Vou descer daqui a pouco.

Ainda com sono, mas com um dia longo pela frente, decidi levantar logo e fui direto tomar um banho para despertar. Desci para tomar café.

— Bom dia, Clara!

— Bom dia! Estou fazendo ovos com bacon.

— Ótimo! Vou te ajudar fazendo um suco de laranja.

Peguei umas laranjas na fruteira e preparei uma jarra de suco. Nós tomamos café e logo depois eu subi para o quarto. Clara foi fazer as tarefas de casa.

Ainda pensativo sobre o que Roger estava fazendo, eu entrei no quarto dele para ver se achava algo que pudesse esclarecer sobre seus planos e aquela arma estranha.

Entrei e olhei detalhadamente para tudo. Sob um lençol, vi o colchão cortado pela faca e o virei para o outro lado para esconder o corte, caso Clara entrasse aqui para arrumar seu quarto. Procurei por todos os lugares e quase embaixo da cama achei uma folha amassada que dizia:

 

Um presente deixado para aqueles que herdaram o poder.

 

Tentei imaginar o que isso significava. Suspeitei que poderia haver relação entre esse papel e aquele objeto que se transformou em uma arma que estava com o Roger. Isso me cheirava a encrenca.

— Preciso ir atrás dele e ajudá-lo.

Arrumei minha mochila, contudo não tinha o que falar para Clara.

Pensei em algo e desci.

— Clara, vou para casa de um amigo e só volto no final de semana.

— Vai fazer o quê na casa do seu amigo? — perguntou Clara, desconfiada.

— Vou aproveitar que já estou de férias e continuar com um projeto da escola que estamos fazendo para o último ano.

— Está bem, mas volte na sexta-feira. Seu pai estará voltando para casa. E Romeo! Vai almoçar, não? Já está quase pronto.

— Não, obrigado! Qualquer coisa entre em contato comigo. Tchau, Clara!

— Papai está voltando. Muito legal, mas ruim se eu não encontrar o Roger até lá — pensei.

Saindo de casa, eu encontrei com o Sr. Wood no portão. Ele me parou e perguntou:

— E aí, já fez as pazes com seu irmão?

Sem poder dizer a verdade eu disse:

— Sim.

— Ótimo! Irmãos devem se manter unidos. Só assim terão uma força maior.

Sem entender muito, respondi:

— Claro! E Sr. Wood, se me permite, preciso sair.

— Sim, mas só me faz um favor? Pode chamar seu irmão? Quero falar com ele.

Surpreso com a situação, pois o Sr. Wood nunca parou para falar com a gente, respondi:

— Ele não está em casa. Foi para casa do nosso avô em New York e só volta no final de semana.

— Hum! Entendo. Obrigado, Romeo!

— De nada, Sr. Wood!

Intrigado, me virei e segui caminho em busca do Roger e no terceiro passo ouço:

— Você não deveria ir atrás do seu irmão!

Assustado, parei e pensei:

— Impossível! Como será que ele sabe?

Olhei para trás e vi o Sr. Wood com um sorriso.

— Venha até minha casa e não precisa ter medo! Tenho coisas para conversar com você.

Sem opção, com muita curiosidade e assustado, fui até a casa dele.

Entrando e mexendo no meu Tab P, fui deixando preparado o acionamento à polícia, ativando minha localização. Apesar de já conhecer de vista o Sr. Wood, há um bom tempo, não podia deixar de me prevenir. Ele podia ser algum psicopata que estava nos observando faz tempo. Dentro da casa dele não parava de olhar para todos os lados. Era uma residência aconchegante e bem espaçosa.

— Espere aqui no sofá que vou trazer algo para a gente comer e beber.

Aguardei o Sr. Wood voltar e continuei olhando para todos os lados. Vi na mesa um porta-retrato antigo com uma foto dele e uns amigos fardados. Ele deveria ter sido fuzileiro naval. Apesar de parecer ter quase a mesma idade do meu pai, o seu físico parecia com o de um lutador de MMA. Dava até medo, mas quando olhava para seu rosto parecia inofensivo.

O Sr. Wood voltou da cozinha com uma jarra de suco de uva e vários aperitivos. No começo achei que era vinho, mas quando coloquei o copo na boca com a bebida, vi que realmente era suco. Havia hesitado de aceitar, mas não sei o que passou pela minha cabeça que, no fim, acabei aceitando.

— Aposto que há muitas perguntas circulando na sua cabeça? — disse o Sr. Wood.

Pensando cuidadosamente no que ia responder disse:

— Sim, realmente. O que o senhor sabe sobre Roger?

— Melhor perguntando… Sobre Roger e você? — disse Sr. Wood.

— Como assim?! O que o senhor sabe sobre nós e especialmente sobre mim? Nem sempre morei aqui.

— Sei de muitas coisas que você não precisar saber.

— Me responda!

— Acalme-se! Vou lhe esclarecer algumas coisas.

— Quero respostas!

— Você nervoso se parece com sua mãe.

— Hum?! Como assim? Conheceu minha mãe?

Essa conversa já estava começando a me deixar mais assustado do que já estava, mas curioso, perguntei:

— Como conheceu minha mãe? Me fale sobre ela. Meu pai nunca conversou comigo com detalhes a respeito dela.

— Realmente ele não falaria — disse o Sr. Wood, tirando o sorriso.

— Me fale dela.

— Não tenho muito para falar sobre sua mãe. Só posso lhe dizer que ela morreu no parto de vocês.

— Mas isso eu já sei.

— Romeo! Preste atenção no que tenho para lhe dizer. O que está acontecendo com o seu irmão realmente é uma coisa incrível e perigosa, mas ele tem que encontrar as respostas sozinho. Confie nele. Ele voltará para casa em segurança.

— Mas, Sr. Wood…

— Apenas confie nele. Vai dar tudo certo. Agora volte para casa e prossiga com suas tarefas.

Ainda assustado e surpreso com as revelações do Sr. Wood, decidi confiar no que ele disse, pois apesar de tudo, me sentia no fundo mais confortável por saber que outra pessoa sabia sobre o que o Roger estava passando e se preocupando com isso.

— Absurdo! O que eu estou dizendo para mim mesmo? Como posso confiar num homem que antes nunca havia falado comigo? Que segredos ele esconde? Como ele sabe que o Roger anda fazendo? Preciso de respostas! Vou atrás do meu irmão! — pensei, revoltado.

O Sr. Wood se levantou e eu o acompanhei até a porta, mas antes de sair, perguntei:

— O que o senhor sabe sobre aquela arma que está com meu…

— Vá, Romeo. Não se preocupe. Apenas confie.

— Tá ok, Sr. Wood. Obrigado e até mais!

Saí e segui de volta para casa quando o Sr. Wood disse:

— Romeo! Só mais uma coisa. Pode me chamar de Rougan.

— Esse é seu primeiro nome? Rougan. Rougan Wood.

— Isso, Romeo, e não se esqueça: confie e boa tarde!

Em pensamento respondi:

— Confiar? Em quem? Nele ou no meu irmão? Com certeza não é nele.

Fiquei sentado, na praça perto de casa, por horas pensando em mil coisas. Tomei uma decisão.

Disposto a ir atrás do Roger, segui caminho. Passei pela minha casa, mas de repente ouvi um alerta de mensagem. Peguei meu Tab P e vi uma mensagem do meu irmão.

— Como pode?! Ele nunca me mandou mensagem — pensei, confuso.

Abri e para minha surpresa:

 

Está tudo bem. Logo mais entraremos em contato.

[5:31 PM]

 

Fiquei mais surpreso.

— Roger?! Será que está tudo bem mesmo?

Queria ligar ou responder à mensagem, mas não sabia o que dizer?

Parado por quase dois minutos pensativo, decidi confiar no meu irmão e ver que rumo as coisas tomariam. Já era fim de tarde e voltei para casa.

Nossa!

Como o tempo passou rápido. Mais uma quarta-feira foi embora e nem percebi. Entrei e lá estava Clara preparando algo para ela comer.

— O que houve, Romeo? Você não ia ficar na casa do seu amigo?

Não me agradava mentir, mas respondi:

— Meu amigo teve que ir para casa da sua avó com os pais.

— Hum! Que pena! Então vou preparar algo especial para você.

— Obrigado, Clara! Vou subir, tomar um banho e já desço.

Fui até o meu quarto, peguei umas roupas limpas e fui tomar banho. No chuveiro, ainda muito pensativo com tudo que o Sr. Wood havia me dito e no que o Roger poderia estar fazendo, acabei demorando muito no banho. Me vesti e desci.

— O que houve, Romeo? Por que está com essa cara de triste?

— Nada, só estou cansado. Me esculpe pela demora.

— Que nada. Coma e vá descansar.

— Obrigado, Clara!

Terminei e subi para o meu quarto. Me deitei ainda muito pensativo e o que mais me incomodava era o fato do Sr. Wood ter mencionado a mamãe.

Muitas perguntas embaralhavam minha mente e nada se encaixava. Fiquei pensando em como ia vasculhar a vida do Sr. Wood e descobrir alguma coisa que respondesse minhas perguntas, mas por um instante quase todo meu pensamento se apagou e a única coisa que minha mente passou a processar foi Desirée.

— Como será que ela está? — pensei alto.

Com o pensamento nela, meus olhos começaram a  se   fechar      e…

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